quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

AULA 01 - Técnicas de utilização de materiais



TÉCNICAS BÁSICAS PARA REPRESENTAÇÃO GRÁFICA

 Algumas das principais técnicas básicas para representação gráfica à mão-livre, utilizadas como meio expressivo nos trabalhos da disciplina de representação gráfica.


Desenho, pintura e colagem


Desenho: técnica de grafar sobre uma superfície, utilizando pigmentos secos ou úmidos, geralmente oferece base para a pintura.





Pintura: comumente associada aos métodos úmidos de representação,  é a técnica de aplicar pigmento a uma superfície com a finalidade de acabamento, acrescentando cor, matizes, tonalidades e texturas.
 
  • Técnicas secas de desenho e pintura: grafite, carvão, giz de cera e pastel, lápis de cor, lápis crayon e contè, canetas esferográfica e tinteiro entre outras.
  • Técnicas úmidas de desenho e pintura: nanquim aguada, marcador hidrográfico, aquarela, óleo, guache, e acrílico entre outras.
 


Colagem: Do termo francês collage é a tecnica base de fazer papel, papelão, tecido e outros materiais planos, aderirem a uma superfície, como complemento ao desenho e a pintura.

  • Découpage: colagem de recortes diversos sobre objetos tridimensionais com finalidade decorativa.
  • Assemblage: colagem entre objetos tridimensionais equilibrados entre sí.

 



CARACTERÍSTICAS E PROPRIEDADES DOS MATERIAIS EXPRESSIVOS

 Veremos abaixo algumas das propriedades e características gerais dos principais materiais utilizados para a representação gráfica à mão-livre, assim como na execução das técnicas expostas acima.


GRAFITE, CARVÃO, LÁPIS E CANETAS


Grafite

Composto mineiral mais comum e utilizado para técnicas de esboço e traçagem a seco. Usualmente comercializado em forma de mina ou de lápis, em diferentes composições.

Composição e denominação

  • Macios: 2B,3B...8B (usuais)
  • Intermediários: H,F,HB,B
  • Duros: 2H,3H...8H (usuais)
 




Lápis e lapiseiras para grafite

Lápis e lapiseiras na verdade são a estrutura rígida para minas de grafite. A numeração dos lápis em geral segue a denominação dada ao tipo de grafite, sendo que nas lapiseiras a denominação é referente a espessura do traço.

  • Espessuras de lapiseiras: 0.3mm(sépia), 0.5mm(preto), 0.7mm(azul), 0.9mm(amarelo), 1.0 mm (mais usuais), para cada espessura de lapiseira será necessário adquirir espessuras de grafite.






Carvão

Composto vegetal para técnicas de esboço e traçagem a seco. Com maior maciez e plasticidade em relação ao grafite é usualmente comercializado em forma de mina, apresentado também como lápis do tipo crayon e contè.





Lápis crayon, contè e dermatográfico

Lápis tipo crayon, contè e dermatográfico apresentam variedade de cor e qualidade mais refinada do que as minas simples de giz, produzindo um traço mais delineado. A denominação para a composição destes lápis é semelhante as adotadas para os lápis de grafite. O tipo contè tem composição mais gordurosa do que o tipo crayon, enquanto o dermatográfico é basicamente gorduroso e ideal para marcar metal, vidro e acetato.

 

Lápis de cor, giz de cera e pastel


Lápis de cor, giz de cera e pastel, são basicamente utilizados como técnica seca para colorização. O lápis de cor pode ser comum ou aquarelável, enquanto o giz patel é mais refinado do que o giz de cera, e encontrado nas versões seca e oleosa.





Canetas

Dos mais diferentes tipos e formas, as canetas servem como auxiliares nas técnicas secas e úmidas, detalhamento, texturização e finalização de desenhos e pinturas.

Alguns tipos de canetas

  • Caneta esferográfica: caneta de uso comum, útil para esboços, croquis, texturas livres.
  • Caneta nanquim: tubulares ou descartáveis, a base de tinta sintética, úteis para acabamentos, cobertura de desenhos e arte final (possuem numeração de espessura semelhante à lapiseiras).
  • Caneta pincel: semelhante a caneta nanquim descartável, porém com ponta flexível possibilitando diferenças de espessura num mesmo traço, ideal para desenhos livres.
  • Marcadores hidrográficos: markers e canetas hidrográficas são utilizados para a colorização, cobrir áreas e texturizar.





TINTAS E PINCÉIS

Tintas

Mais empastadas ou aquosas, cada tipo de tinta terá propriedades quimico-físicas diferenciadas, necessitando de materiais e técnicas diversificados para a pintura.


Alguns tipos de tintas

  • Nanquim: líquida, comercialmente sintética, pode ser usada pura ou diluída em água para técnica chapada ou de nanquim aguada.
  • Guache: pastosa, solúvel em água, utiliza-se como técnica chapada, proporcionando acabamento uniforme e aveludado.
  • Aquarela: líquida(ecoline), pastosa ou em pastilha sólida, a aquarela proporciona uma cobertura suave, aquosa e translucida, com tonalidades dispostas por camadas.
  • Acrílica: propriedades muito semelhantes ao guache, porém menos pastosa e mais resistente.
  • Óleo: pastosa, não solúvel em água, com propriedades típicas de texturização e secagem lenta, aplicável em suportes mais rígidos como madeira e tela.


Pincéis

Utilizados para técnicas úmidas de pintura e colagem, derivam de qualidade de acordo com o material, podendo ter sua virola constituída de cerdas ou de pêlos (cerdas sintéticas, pêlo de porco, boi, camelo, marta vermelha). Os pincéis de cerdas são ásperos enquanto os de pêlo são macios. Cada técnica de pintura necessita de um padrão de cerdas adequado e seus tamanhos são denominados por numerações:

  • Numerações: variam numericamente de tamanhos 00 à 16, sendo a largura do cabo proporcional ao tamanho - nº01...nº5 (virolas estreitas), nº6...nº11 (virolas cerdas intermediárias), nº12 à 16... (virolas largas).




Tipos comuns de virolas

  • Pincéis chatos: de virola espatulada, os de pêlo curto são chamados “brights”. Permitem uma pincelada extensa e suave que mantém a forma retangular. Uso comum em tintas mais encorpadas, óleo, guache, acrílica, mas podem ser usados com bons efeitos de definição na aquarela.
  • Pincéis redondos: muito utilizados para tintas aquosas, nanquim e aquarela, servem para aguadas em grandes superfícies e umidecimento de papel, sendo que os pontiagudos são ideais para a definição de pequenos detalhes.
  • Filberts: tem virolas achatadas mas na verdade são feitos como pincéis redondos.Tem pontas redondas que combinam as melhores características entre os dois tipos de pincéis.


PAPÉIS

Obtidos à base da celulose da madeira, os papeis apresentam diferentes características de porosidade, resistencia e texturização, sendo encontrados comercialmente numa enorme variedade de cores, formatos e gramaturas:

  • Gramaturas: abaixo de 70g (espessura fina, recomendável para overlay e decalque e dobraduras tipo origami), entre 70g e 120g (espessura intermediária, uso comum, recorte, desenho, colagem, técnicas secas), entre 120g e 240g (espessura grossa, arte-finalização, técnicas úmidas, dobraduras tipo cartonagem).



Alguns tipos de papel

  • Sulfite: papel comercial de uso comum, opaco, porosidade regular e apergaminhado.
  • Canson: amarelado ou branco, poroso e de boa resistência, recomendável para tecnicas secas e úmidas de acordo com a gramatura.
  • Couchê: papel especial de superfície muito lisa e uniforme, porosidade baixa, opaco ou brilhante, próprio para impressões offset, interessante para trabalhos em nanquim e marcadores hidrográficos.
  • Vergê: ranhurado com pequenas linhas horizontais, bom para corte e texturização em técnicas secas.
  • Sulfurizê: transparente, de textura rugosa e áspera, muito usado para camada de proteção (overlay) e decalques.
  • Vegetal: transparente, de textura firme e lisa, usado para projetos técnicos à nanquim, proteção (overlay) e decalques.
  • Kraft: rugoso e áspero, de cor amarronada, comumente utilizado para embrulhos, recomendável para técnicas secas como crayon e pastel.


OUTROS MATERIAIS

Materiais de uso corriqueiro que usualmente servem à limpeza ou como apoio à manutenção, correção, medição, fixação e corte.




  • Materiais de limpeza: flanela, escovas, detergentes e solventes.
  • Materiais de apoio: borrachas, lichas, esfumadores, réguas, estiletes, tesouras, fitas adesivas, colas, paletas, godês e estojos.
 
 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário